Sou insivível Me visto de palavras de seda Não me faço invisível Sou um invisível vivo Não um transparente morto Ser invisível é ser perigoso Quebro prisões Conserto casas Choças, mansões Detenho exércitos Calo canhões Há olhos que não me veem Ouvidos que não me ouvem Muitos enformam É de ouro É de prata É de pedra Outros informam Consumismo mortal Modelo de caos Multiplicação de iniquidade Em muitos o amor se esfriou Me fizeram invisível Quem tiver as marcas dos homens Me faz invisível Muito irão morrer pela boca Nem só de pão vive o homem Como o vento que ninguém vê Eu existo nos olhos de quem crer A boca fala do que o coração está cheio