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Mostrando postagens de agosto, 2011

Os muros

O eu fez um muro Não quero enxergar o outro O desejo do eu o aliena O eu não se nutri da falta do outro O eu, senhor solitário de um pensar Aniquila o se dar, o se doar Tem ao seu redor Jardim para quem as flores? Ao outro, o jardineiro? O eu o dono da casa Não sente o ar Não sente o cheiro da terra Não consegue conceber Abelhas e mel O eu e a tentação... Excluir o outro Intolerância as diferenças O eu e o outro... divisão Estradas, povoados, plantações O eu e o outro suas razões Muros, cercas O eu não percebe o outro Porque no escuro o eu Vem sem rumo Sem prumo Cambaleante Beber da água do outro Derrubando os muros Se findando nos braços do outro

Incomparável

Nada fora como aqueles dias Maravilhas, espantos Não fora em Atenas Roma, Paris Não fora em New York A eternidade fizera uma vírgula Na pequena Belém Todo cosmos a indicar É de lá que virá Algo sobre natural Um coral celestial Presente ao fato Canções do alto Reverência ao pequeno Deus Os homens atemorizados! Uma boa notícia A melhor de todas Nasceu o Salvador Que é o Cristo o Senhor Herodes, Cesares, fariseus hipócritas Fora perseguido desde menino Por cuidar das coisas de seu Pai Seu olhar incomodou Os tolos e seus negócios A Virtude Maior confrontando A luz contra as trevas Que mata os desavisados A Virtude Maior contra o pai da mentira A mentira que mata, roupa e destrói O incomparável falou de pão Falou de água e salvação O mar ouviu seu mandar A multidão o seu sermão Se não nascer de novo... O que é carne é carne O que nasce do Espírito é espírito Ele libertou o homem do pó Revestindo de incorruptibilidade O sereno, humilde, o amigo