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Mostrando postagens de março, 2012

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Meu Caro René quero entender Angustiante realidade das cidades Seres, pessoas sem reconhecimento Seres aniquilados Catástrofe humana, inverno de morte O amor, não amou, esfriou... Não-pessoas em todas as partes Não-pessoas, estranha classe de pessoas Desaparecem nos presídios Não há juiz de Plantão Nos corredores dos hospitais A espera da morte Não há médico para as não-pessoas Caro René quero apenas dizer Não há nada tão angustiante Do que existir, não existindo O que é ignorado não existe Há não-pessoas nas ruas, nas calçadas Nas escolas, nos abrigos, nos cortiços Descartes... penso em exclusão Há um buraco negro em nossa selva Ignorar as não-pessoas será o fim Um mundo quadrado, patologicamente Condomínios doentes...desagregação da mente Não há aproximação, anomalia, esquizofrenia O que desejamos? para onde ir? Sempre que desejamos, nos falta algo Desejamos o que não somos Assim o desejo é sempre o que nos faz falta Precisamos do outro para existir Pessoas, gente como a gente.

Aldeia

Me doeu pensar assim Quando alguém me diz não A vida diz sim Há tribos com iPod, batatas fritas Não me venha com seu pensar Vou baixar a banda da hora Os índios de minha terra Sem opções Pensar em Dourados Não há ouro Não há prata Comer e beber Coca-cola, hamburguer X tudo, X salada Não há peixe, mandioca Vidas em desafetos Vidas Afetadas A morte não agenda a hora Estamos na mesma canoa Imagem efémera Vaidade, das vaidades Tudo se vai...