A caravana vê os cactus Espinhos , não flores Quem anda em deserto Só espera água E morrer na areia Um olhar em desalento Um olhar desatento Deserto, garganta sedenta Lá está solitária beleza A água do seu olhar virá ? Uma flor dura pouco Instantes de vida Rara beleza Sombras que refrescam Retinas atinam Pode não haver o amanhã Ficarão as águas Nuvens sem chuvas Sinais não exatos Lá estão cactus... Lá estão espinhos... Lá a bela flor... Será para quem? Viajantes que se arriscam Olhar uma flor Acharão fontes... Lágrimas de alegria Flores e homens Paisagens amenas Nem só de água vive a flor Nem só de água vive o homem