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Nomes




















Não se pode ver
Não há tempo, espaço
Elas têm nomes
Elas rolam marcando
Fogo, ferro, água
Seus nomes são lágrimas
Abandono, cão sem dono
Desamor...elas rolam
Está na boca do Acre
Inundando as casas
Animais e homens
A espera da arca de Noé
A espera de um pé
A espera de uma mão
As chuvas que não secam
Fogo, ferro e brasa
As lágrimas tem codinomes
Descaso, omissão, fome
Está no ventre do Piauí
Lágrimas sem água
A espera de um pé
Mato qualquer...
Chão rachado
Quando virá lágrimas?
Chorar conosco
E nos trazer
Uns dois dedinhos de água
Estas gotas invisíveis
Em meu rosto têm nomes
Solidão, sofridão...
Não quero ofende-los
São lágrimas...

Comentários

  1. Lindo, amei esse poema.
    compartilhei no twitter, no face e no orkut

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  2. O clima no Brasil está uma loucura.
    Enquanto uns pedem uma trégua nas chuvas, outros imploram por um pouco de água.
    Sobram "lágrimas" em um lugar e faltam "lágrimas" no outro.

    Belo poema!
    Um abraço!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aguardo suas novidades. Tem novo debate aberto no meu blog. Sua opinião é muito importante, visite!

      Excluir

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Casa dividida

Não chegaremos  a lugar algum Estamos cercados entre céticos E os cinicos Querem mudar o mundo E não mudam a si Não há projetos para os céticos Estamos cercados por ideologia dos cinicos Casa dividida não subsiste Céticos e cinicos são pedras são espinhos Sujos e mal lavados Oder velho em vinho novo Não chegamos a lugar algum Reino dos homens Só há uma esperança Sejamos peregrinos Em direção ao reino do céu Nossa terra só ruina Ídolos com pés de lama Abominável justiça A verdade é a vitima Das balas perdidas dos homens Nossa casa está dividida Quem não junta espalha O que mais precisamos O corruptível se tornar incorruptível O melhor legado para nossa terra A Paz que o mundo não dá Os humildes serão exaltados Mundo para quem se fizer como meninos Ideologia de homens são pó são nó Vaidade das vaidades Um olhar de compaixão Eles não sabem o que fazem.

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Aos poucos, gota a gota Chuva é feito disso Gota a gota Os dias são somas Gotas de olhares A luz é feita de gotas Gotas de raios Mas há muita treva Olho por olho Boca sem dentes Se vão os meninos Pobres inocentes Triste cina mães de Israel Mães da Palestina Muro gotas de cimento Rios de lamentos Sem sabor de leite Sem sabor de mel Cores de algozes  Matizes de vítimas Cai sobre nós Sobre nossos filhos Sangue inocente Não se lava as mãos Terra a quem prometida? Gota a gota escorre ao chão O reino dos homens Gotas de pó...

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