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Mostrando postagens de novembro, 2012

Flanar

Quero flanar Ser uma pena Levado ao vento Sondar o precário Nosso outono trágico Ausência de primavera Folhas e homens ao chão Tudo que não sei Eu sei... aprendi nas ruas Flanei  nos becos Nos  labirintos dos guetos Embaixo das pontes Tropeçam os homens Em pedras, pobres zumbis Precariedade extrema Flagelos sem opção Entre lama e sangue Flanei a conversa  De uma criança...  Marcou-me a sua alegria Feriu-me sua dor Sem confidência, sem fingir Domingo vou passear Vou ao presidio Lá está minha mãe Ela fez o que não devia Em meu flanar Eu os vi  bebendo refresco Com bolo de fubá Entre os muros cinzentos Os guardas não podiam conter Lágrimas e risos de felicidade A meiguice de uma mãe que sofre Voz embargada, sussurros... Não pegue no que é do outro Fique livre... siga limpo...

Sinal

Tu me pedes um sinal O de Jonas ti basta As pedras clamam Em Társis não se chega Tens fugido da verdade Uma nova Nínive haverá Com o seu olhar de carne Não consegues enxergar Tu me pedes um sinal O clamor de dores, Clamor de horrores Tem chegado a mim Tu me pedes um sinal Eu virei nas nuvens Uns se alegrarão  Outros chorarão Todos os joelhos se dobrarão A grande Babilônia jamais será achada Haverá um novo céu, Uma nova terra O dia, a hora, só ele saberá Vigiai!, Vigiai! Quem vos fala é maior que Jonas.