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Mostrando postagens de agosto, 2013

Ser Síria

Quero remover escombro Vejo reverberar nesta catástrofe Olhares sem bússula, paredes sem portas Não há vizinhos nem visitas Não há escolas, igrejas, mesquitas Não há chaves para alegria Rostos apagados pelo medo De todos os males o que mais mata A verdade dos homens Na Síria há uma fome de matar Na Síria uma fome de morrer Exterminação do outro, porque  é o outro Violência fascista sangue em toda pista Há uma bruma no céu de Damasco Há inocentes, idosos, indigentes Seres caidos ao chão Bruma, maldita! Não haverá flores, só dores Pode haver mais horrores Armas quimicas Mortos em pé, mortos deitados De quem é a culpa? Vamos remover escombros Onde há crianças?  onde ser Síria? Em algum lugar, onde houver comodidade Senhores do chá das cinco Em suas amenidades de gole em gole Pense suas chacinas... triste cina Nos ajudem a ser Síria

Silêncio

Seu silêncio me dói Seu olhar não me vê Quero o porque? Quando busco viver Busco vidas Busco seu oxigênio Busco gerar palavras  Grito ao seu silêncio Não me deixe morrer Seu olhar mudo Sua indiferente Deixa eu esfregar seu coração Meus dedos tem palavras Linguagem necessária Lenço para os olhos No tempo dos sem tempo Tempo dos sem afetos Tempo líquido, éter Nada concreto Pele sem alma Visão congelada Só pra lembrar Há palavras... E elas foram ditas Não tente mata-las Elas brotam em versos Irão dizer em seu sono Acorde... sinta meus beijos Palavras... poesias