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Mostrando postagens de março, 2015

Sons do silêncio

Tenho tentado entender Não consigo conceber O que fazer com meu lapidar Cinzelar o silêncio...escultura de horror A cada martelar sons de dores Cinzelar o silêncio... Abstrato sem rosto Imagem sem sabor Gritos...dentro em mim... Não posso olhar para frente Se olhar para trás viro estátua de sal Saio de Sodoma entre em Gomorra Meu martelar... lapidar de horror Minha terra está em guerra Diga-me é mentira ? Há sons do silêncio Os homens estão cegos, surdos e mudos As pedras Elas são brutas Clamam por vidas Voz de trovão...gritos, urros... Garganta seca... . Água!...água! Principio das dores.... O fim disto tudo só um é que sabe.

VER O VERDE

As sementes vão ao lixo São muitas sem chão Quantas vieram as suas mãos? Quantas não foram ao chão? Feito estrelas no céu Não se pode contar Não germinam em pedra Pedra é o que mais há Sementes vão ao lixo Vamos juntar...este ouro Laranja, manga, melão Caqui, goiaba...sementes ao nada Ficam ao beira do caminho Pelos homens são pisadas Os homens são pedras Em pedras não vingam nada Quer ver o verde traga a sua semente Aquele que irá ao lixo Não é preciso muito Apenas uma semente Frutos mil... Aos homens aos pássaros Vem o pão...a lição Crianças ensinem aos homens Como ver o verde A sombra de uma árvore Olhe os frutos... sementes milhares! Sementes, frutos sem fim Escolas mostrem aos meninos Papel, plástico, metal e vidro Final de festa...tudo se presta  Onde está a coleta das sementes?! Sementes não são lixo... Vamos ver o verde Nem que seja em vaso de concreto.